quarta-feira, 17 de março de 2010

Laís, filha e Anjinha de Néia

20 graus, onze horas da noite e eu sentado no alto de minha montanha admirando a noite iluminada pela lua.

- Olá Caminhante.

- Olá Lais, você está bem? Está tudo bem com você?

- Está sim. Resolvi caminhar um pouco e vi você aqui então resolvi conversar.

- Você sente falta de conversar?

- Claro, ou você acha que os anjos não sentem falta de conversar e nem gostam de conversas.

- É que imagino que vocês, Anjos, não precisam falar para se entenderem né?

- Exatamente por isto que sinto falta de conversar.

- Que mais você sente falta Lais?

- Da minha família, mas verdade mesmo eu às vezes sinto falta de minha Mãe. Em muitos momentos eu gostaria de poder estar ao lado dela pra protegê-la, pra dar força pra ela, mas acho que ela não entende, eu posso estar lá com ela estando aqui, você entende?

- Sim entendo.

- Sabe Caminhante, a vida de minha Mãe foi muito difícil durante minha estada com ela. Ela sofreu demais com minha doença, pois queria fazer de tudo para que eu pudesse me curar, mas, meu destino era ter pouco tempo encarnada, então tive que voltar.

- Eu sei como é Lais, mas as Mães se preocupam com seus filhos, e sempre querem saber à respeito.

- Minha Mãe é muito querida você pode levar um bilhete meu pra ela?

- Claro que posso Lais.

E, a Anjinha linda, me entrega um pedacinho de papel bem dobradinho e nele estava escrito assim:

“Mãmae! Eu te amo e sinto muita falta de seu sorriso, de seu cheiro... Mas sei que não é possível mais voltarmos a viver uma do lado da outra e, sim uma dentro da outra. Outro dia você caminhava pela praia e seus olhos se encheram de poeira, eu acho, e logo senti que você se lembrava de mim.

Mãezinha, eu sei que está sendo muito difícil os últimos tempos pra você, mas estou tentando estar ao seu lado e brevemente você poderá sonhar comigo, mas o mais importante não é isto, o mais importante é que podemos estar sempre juntas através de nossas lembranças que são os melhores de todos os sonhos, porque apenas rememoramos as coisas simples e belas da vida.

Mamãe, tenha fé que tudo vai passar, e nosso futuro será brilhante e cheio de luzes.

Hoje eu quero dizer especialmente à você que todas as noites estou sempre olhando por você e qualquer dia destes, olhe para o céu e verá uma estrela correr, tenha a certeza que serei eu, dando sinal pra você.

Saudades de todos, mas hoje minha Mãe, quem precisa de mim é você.

Te amo,

Laís.

Léo S.Bella    17/03/2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

MARK FILHO DE MARJEY (MAH)

Como esquecer de você?

Como esquecer deste sorriso que me viu nascer...

Como esquecer deste olhar capaz de curar qualquer tristeza,

Como esquecer desta beleza imensa que é derramada de dentro pra fora...

Como Mãe, como esquecer de você?

Não existe dor entre a distância que vivemos;

Existe saudade, existe lembrança, existem muitos momentos que fomos felizes e que revivemos sempre.

Mas diante de tudo o que choramos, você pelo seu lado e eu pelo meu, sentimos que nossas lágrimas forjaram nosso amor eterno e incondicional.

Sabe, Mãezinha isto é próprio de você... Amar... sempre Amar..., não importa a distância nem quanto sofrimento possa haver por este Amor...

Muitas coisas mudaram em sua volta, neste tempo que vive agora. Mas dentro de você nada mudou...

Pois posso sentir seu abraço gostoso e terno, e reparador, e divinamente belo, toda vez que preciso...

Eu amo você Mãe, da forma como nunca pude falar...

Amo você pelas suas verdades, pela sua cumplicidade, pelo seu respeito, pela sua Fé e pela sua força de superar obstáculos durante toda sua vida.

E, pode ter a mais pura certeza de que sou muito feliz por seu filho.

Afinal, você permitiu que eu vivesse minha vida, meu sonho, enfim sempre respeitou minha identidade: nunca impôs limites, apenas me avisou que eles existiam.

Sabe Mamãe... é assim que gosto de vê-la, de bem com a vida, livre e leve como o ar, e acreditando no futuro.

Eu só tenho a agradecer a você tudo o que pude viver e, sempre ser protegido por você.

Amo você Mãe,

Mark

Léo S.Bella    08/03/2010

terça-feira, 2 de março de 2010

Eva e Adriana sua filha

Olá Adriana Ramos Cruz, filha de Evanilde Ramos dos Santos.

É difícil seguir em frente quando não existe motivação para a própria vida. Tudo parece confuso. Tudo parece obscuro e nada tem um sentido prático.

Este é o momento crucial onde a agonia se faz presente. A agonia entretanto é benéfica pois é exatamente neste momento que se abre uma janela para o aprendizado, porém, a Angústia não. E a Angústia representa todas as perdas que ocorreram e, se transforma num verdadeiro calvário para quem a vive.

É um sofrimento intenso. É como se fosse um sofrer eterno. É como se toda a humanidade conspirasse contra qualquer atitude sua, por mínima que seja.

Para entender isto de uma forma que a Depressão não se instale em sua vida, olhe sempre pra frente e de cabeça erguida e procure dentro de suas memórias e de suas recordações reviver a saudade de ter vivido bons momentos, pois ao final de tudo, somam-se apenas momentos. E, entenda momentos podem fazer parte da bagagem transcendental.

Adriana, minha filha, assim é a vida. Sei que você luta com todas as forças para tentar suportar minha ausência, mas além de ser a vontade de Deus, minha partida foi uma conseqüência natural da vida.

Nunca abandonei você, nem seus irmãos. E, também nunca os abandonaria, porém cada um tem uma relação comigo de uma forma. Cada um sente a vida de uma forma. E, você, minha filhinha, entende e sente a vida também da forma que sempre estivemos juntas e capazes de sentir nosso Amor.

Hoje quero falar somente com você. Pois sinto que em seu peito bate um coraçãozinho que muitas vezes mais apanha do que bate. Mas isto faz parte de sua vida, porque você sempre foi especial e sempre requereu mais carinho e atenção, até por conta de sua saúde.

Eu parti é verdade, estou bem e a cada momento podendo viver mais e mais as benesses espirituais. A vida aqui é maravilhosa. E, somos apenas luzes.

Estou tranqüila, minha filha, sem recordações maléficas, que possam interferir em minha caminhada. Estou realmente me sentindo protegida por Deus.

A comunicação não é uma coisa simples e fácil, até porque a morte deve encerrar seus próprios mistérios afim de que a vida não seja banalizada.

Adriana, estou sempre com você minha filha, muitas vezes até tropeço em alguma coisa sua. Outro dia a pia estava cheia de pratos e coisas para serem lavados e, eu fiquei observando aquele momento com saudade. Ah! Que saudade de quando lavávamos as louças, sempre conversando e fazendo tarefas. Era muito bom...

Estou, neste momento, orando, em um lugar alto e maravilhoso para que sua saúde se restabeleça logo, por isto te peço, minha filha querida, não se abandone aos pedaços pelos cantos, lute porque sua vida tem que continuar, porque você tem uma missão para cumprir.

Que Deus te proteja, como sempre me protegeu e cuidou de mim.

Eva.

Léo S.Bella    02/03/2010